Usuários do Caps comemoram São João em Canavieiras

Tratamento com alegria de viver
Ascom/Wagnevilton Ferreira

A Secretaria da Saúde de Canavieiras promoveu nesta terça-feira (16) uma manhã de muita alegria para os usuários do Centro de Assistência Psicossocial (Caps). No clima dos festejos juninos o “Arraiá do Caps” foi marcado por muita alegria, quadrilhas, comidas típicas, música, integração e socialização aos usuários e amigos do Caps. Os pacientes e a equipe do Caps de Una também participaram do evento, que contou ainda com uma apresentação da quadrilha “Os Sakaninhas” na abertura.

Segundo a psicóloga do Centro, Cláudia Santos, além de incentivar a criatividade dos pacientes, que ornamentaram toda a festa com os trabalhos produzidos nas oficinas oferecidas pelo Caps, a celebração dos festejos juninos tem um papel muito importante no tratamento no que se refere a estabelecer, fortalecer e estreitar os laços familiares, através da cultura e do regate de valores “Resgatar os vínculos familiares influncia positivamente no tratamento, nossa intenção é o bem-estar e a melhora dos pacientes”, ressaltou a psicóloga.

A equipe técnica do Caps de Canavieiras é composta pelo psiquiatra André Luís, a psicóloga Cláudia Santos, o coordenador de enfermagem Edval Júnior, a assistente social Zenaide Carvalho e o educador físico Juliano Fraga, além dos técnicos de enfermagem, atendendo a uma média de 40 pacientes. Além dos pacientes, a equipe trabalha com as famílias, no sentido promover uma inserção social nos dois sentidos.

Explica a secretária da Saúde de Canavieiras, Roberta Barros, que o Caps tem uma atuação importante, pois é um instrumento que viabiliza a relação entre a família e usuário e entre o usuário e a instituição, incentivando a participação dos familiares, profissionais, e da comunidade. Para ela, esse trabalho significa uma troca importante no convívio do indivíduo, que encontra no Caps um apoio, no qual se estabelece uma relação de encontros com outros usuários e profissionais, mantendo-se diálogos relacionados às suas necessidades, desejos, histórias e conhecimentos específicos.

De acordo com Edval Júnior, toda a pessoa portadora de qualquer tipo de deficiência tem direito garantido em lei de usufruir de todas as facilidades e oportunidades dentro da sociedade em que vive. “A sociedade precisa enxergar essas pessoas como indivíduos com direitos, capazes de criar e desenvolver atividades, aceitar suas diferenças e conviver com elas. Só assim teremos uma sociedade justa e igualitária”, conceitua.

Direitos assegurados - A Política Nacional de Saúde Mental, apoiada na lei 10.216/02, busca consolidar um modelo de atenção à saúde mental aberto e de base comunitária. Isto é, que garante a livre circulação das pessoas com transtornos mentais pelos serviços, comunidade e cidade, e oferece cuidados com base nos recursos que a comunidade oferece.

O modelo conta com uma rede de serviços e equipamentos variados tais como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), os Centros de Convivência e Cultura e os leitos de atenção integral. O Programa de Volta para Casa que oferece bolsas para egressos de longas internações em hospitais psiquiátricos, também faz parte desta política. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a saúde mental uma prioridade e diz que a questão da saúde mental não é estritamente um problema de saúde.